Nos últimos anos, uma nova expressão tomou conta das redes sociais e dos escritórios: “quiet quitting”.
Traduzido à letra, significa “demitir-se em silêncio”. Mas, na prática, não se trata de deixar o emprego — é sobre fazer apenas o necessário. Nem mais, nem menos.
Este movimento gerou debates intensos. É uma forma de equilibrar a vida pessoal e profissional? Ou apenas uma desculpa para a falta de empenho?
Vamos perceber o que está por trás desta tendência que está a dividir opiniões em todo o mundo.
O que é, afinal, o “quiet quitting”?
O “quiet quitting” surgiu como resposta ao esgotamento e à pressão constantes no trabalho.
Em vez de se entregarem totalmente, muitos profissionais decidiram manter-se dentro dos limites da descrição de funções — e deixar de aceitar tarefas extra, horas a mais ou responsabilidades não reconhecidas.
Ou seja, continuam a trabalhar… mas com o mínimo esforço emocional.
Porque é que tanta gente se identifica com isto
Vivemos numa era em que se glorifica o “trabalhar até cair”. Mas essa mentalidade tem custos altos: ansiedade, burnout e frustração.
Depois da pandemia, muitos perceberam que trabalhar sem parar não é sinónimo de sucesso.
O “quiet quitting” surgiu, assim, como uma espécie de defesa. Uma forma de dizer “basta” sem sair da empresa.
Mas há um perigo: se o “não dar mais” se tornar o novo normal, o desinteresse instala-se — e isso afeta carreiras e equipas.
Os dois lados do dilema
Há quem veja o “quiet quitting” como autocuidado. Afinal, ninguém deve sacrificar a saúde mental por trabalho.
Mas outros consideram que é falta de ambição — e que pode fechar portas a oportunidades futuras.
Na verdade, ambos os lados têm razão. O equilíbrio está no meio.
É essencial estabelecer limites, mas também é importante mostrar empenho e propósito no que se faz.
Como evitar cair no extremo
- Define limites claros. Aprende a desligar fora do horário de trabalho.
- Procura significado. Lembra-te do “porquê” que te levou à tua profissão.
- Fala com o teu superior. Se te sentes sobrecarregado, comunica — o silêncio é o que mais desgasta.
- Valoriza o descanso. Descansar não é preguiça, é parte da produtividade.
Não é apenas uma tendência
O “quiet quitting” não é apenas uma tendência — é um reflexo de como o mundo do trabalho está a mudar.
As pessoas querem equilíbrio, reconhecimento e tempo para viver.
Mas o segredo está em não desistir por dentro enquanto continuas por fora.
Trabalhar com propósito, saber quando parar e cuidar de ti — isso sim é o verdadeiro equilíbrio entre sucesso e bem-estar.
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